Na imensidão, afagos trocados.
Copos vazios, ébrias mãos
O tatear leve, vago...
Ternura de quem não sabe
de quem finge que sabe
E que numa túrgida deixa,
deixa o ardor arder, volátil.
Na escuridão, afagos se perdem
Copos e cacos, mãos volupiosas
Um arranhar, mais um trago...
Atura aquele que sente
Que acha que sente
N'outra fúgida deixa,
A mentira se perder. Tão fácil.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Beijo de carbono
Mulher, teus lábios tem sabor do céu diurno
Que na baixada é cinza e exala cigarro
E faz nas cinzas a fusão com o vermelho
Se estalando no encontrar das línguas sujas.
Me marca no pescoço com tuas garatujas
Que rabiscadas, fazem de mim teu espelho
E a minha imagem já não passa de um escarro
Que me entope a garganta quando durmo.
Pela manhã quando os meus olhos se abrem
Lutando contra a ressaca da luxúria
Te encontro ao meu lado e não entendo como
Finjo esconder o pecado que todos sabem
Sem demonstrar sequer um traço de lamúria
Por me impregnar com beijos de carbono.
06/10/10
Que na baixada é cinza e exala cigarro
E faz nas cinzas a fusão com o vermelho
Se estalando no encontrar das línguas sujas.
Me marca no pescoço com tuas garatujas
Que rabiscadas, fazem de mim teu espelho
E a minha imagem já não passa de um escarro
Que me entope a garganta quando durmo.
Pela manhã quando os meus olhos se abrem
Lutando contra a ressaca da luxúria
Te encontro ao meu lado e não entendo como
Finjo esconder o pecado que todos sabem
Sem demonstrar sequer um traço de lamúria
Por me impregnar com beijos de carbono.
06/10/10
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Soneto da busca
Procuro-te no gotejar das águas
Nuas, despindo os olhos sem receio
Regando o campo com sal; Semeio
A natureza toda em córneas rasas.
Procuro-te no pranto em que nadas
Nua, na pele despida de arreios
Liberta na flor d'água, a água aos seios
Fartos de ar envolto em voz gelada.
Do toque e o sopro da vida que volta
Com as mãos unidas, dize-me; "Não solta,
Que a eternidade nos aguarda, juro!"
Cálidos lábios da mulher nefasta
Do toque o sopro, e a vida que se afasta
E ao encontrá-la, não mais a procuro.
01/10/10
Nuas, despindo os olhos sem receio
Regando o campo com sal; Semeio
A natureza toda em córneas rasas.
Procuro-te no pranto em que nadas
Nua, na pele despida de arreios
Liberta na flor d'água, a água aos seios
Fartos de ar envolto em voz gelada.
Do toque e o sopro da vida que volta
Com as mãos unidas, dize-me; "Não solta,
Que a eternidade nos aguarda, juro!"
Cálidos lábios da mulher nefasta
Do toque o sopro, e a vida que se afasta
E ao encontrá-la, não mais a procuro.
01/10/10
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