terça-feira, 20 de julho de 2010

Das horas

Se não antes, agora que nada mais tenho...
Já que tudo se fez ausente, apagaram-se as luzes.
E ficaram sobre a mesa rabiscos
E esquecidos, com o tempo viraram lumes
Mas não vagaram ante a memória
Permaneceram somente.
Famintos os anos correram, devorando
Lá mesmo, no escuro, as memórias.
Se não agora, outro dia qualquer
Quando não houve ausência, acenderam-se as luzes.
E as faces barbadas pela idade tiveram
Como tênues lembranças
Vagos lumes sobre a mesa.

sábado, 3 de julho de 2010

Brisa

Thais, tais pingos tão rasos,
Estivos; Poças de chuva,
Que o vento assopra a descaso,
Visando a água que turva.

Thais, talvez seja só
O vento tão desolado
Buscando nem que por dó
Somente a água ao seu lado.

Thais, veja então o vento
Por quanto brisa que passe
Feliz por num só momento
Beijar das águas a face.


28/10/09