terça-feira, 21 de junho de 2011

Afresco de um pintor da Via-Láctea

Tenho por ti qualquer amor ou coisa vaga
Uma paixão que a cada instante se deflagra
E se faz mais, cada vez mais, cada vez mudo...
Cada segundo em mil milênios, tempo e tudo.

Se te prometo as estrelas do céu desnudo,
Então os astros sequer olham o chão veludo
Sabendo que eu aguardo cá, com vida magra
Um só relance pra que eu suba ao céu e o abra,

E de lá seque as nuvens e apague o brilho
Tire constelações e qualquer empecilho
Qual se interponha contra o novo desenho

Que hei de fazer por teu olhar admirado:
Um novo véu, no tom do mais aquarelado
E alvo sentimento que à ti empenho.


22/06/11

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