terça-feira, 16 de novembro de 2010

Labirinto

Além de cada passo, há você...
E é pouco todo o espaço, pra dizer
Que nessa vil tortura, quedo eu
Ao repetir a trilha de um Teseu

Que dos raios de Sol só teve o breu
Que céus, por cruel pena, fez-se meu;
E ante a pior fera, pôs-me a ter,
Pior que um minotauro ou outro ser,

Nas heras que ferroam diamantes
Do tenro peito dos loucos amantes
O amor qual eu, caído herói, consinto.

Sem lã nem fuga, não renego a mim
O sufoco dos muros de marfim
De amor nefasto que dói; Labirinto.


03/10/09

Nenhum comentário:

Postar um comentário