Rangia a rústica madeira já lascada
Por tantos anos de amores escondidos
De galanteios, traições, peitos feridos
Mentiras fartas tantas vezes escutadas...
Quantos sapatos velhos foram esquecidos?
Quantas medidas do Bonfim já leiloadas?
Quanto do mais de tudo se perdeu na estrada?
Deixando ao léu somente versos comovidos
Rodando as sobras de canções, tantas memórias...
De cada nome de mulher, mais mil histórias,
Todas as horas, sal molhando capas, discos
Rodopiando o som e a fascinação
Do brando toque agulhando um coração
Aberto em mágoa e ainda envolto em visgo.
29/03/2011
terça-feira, 29 de março de 2011
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